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A sustentabilidade no agronegócio em novas metodologias de trabalho

Ana Carolina Valim Santos Kuroda
20/05/2021
Engana-se quem acredita que o agro de hoje é o mesmo de décadas atrás, onde a produção causava mais danos ao meio ambiente, pois, tendo em vista o espaço de terras de cultivo cada vez menor, os produtores começaram a pensar em novas metodologias.

O Brasil, devido a inúmeros fatores, que incluem desde água, sol, clima, tecnologia, pessoal capacitado e mais de uma safra por ano, consegue alcançar uma produção de alimentos tão relevante, que é reconhecida como sendo de importância mundial.

 

Engana-se quem acredita que o agro de hoje é o mesmo de décadas atrás, onde a produção causava mais danos ao meio ambiente, pois, tendo em vista o espaço de terras de cultivo cada vez menor, os produtores começaram a pensar em novas metodologias para atender aos altos níveis da produção sem causar problemas ambientais e desequilibro ecológico das áreas.

 

Aliás, já faz certo tempo que o agronegócio brasileiro vem caminhando de forma a se tornar mais sustentável, incorporando técnicas de produção menos nocivas ao meio ambiente; isto porque, os produtores estão sendo mais conscientes e recebem maior incentivo, tais como descontos em financiamentos e créditos rurais, que é praticamente uma moeda de troca entre produtores, indústrias, funcionários e governos; e mais, conseguiram comprovar que é possível aumentar produção, sem aumentar espaço e sem tanto desgaste ambiental.

 

Além disso, os produtores que conseguiram transformar seu negócio de maneira a ser considerado sustentável, melhoraram a gestão de suas propriedades e têm notado, além de maiores produções e lucros, um reconhecimento também maior, inclusive na hora da exportação, tendo em vista que alguns países têm feito seletividade sustentável no momento de adquirir produtos, fortalecendo a imagem do setor e logicamente do produtor que atende a essa ideia.

 

O objetivo do agronegócio sustentável, é atender as necessidades da sociedade atual, sem comprometer as gerações futuras.

 

É muito comum pensar em meio ambiente ao se falar de sustentabilidade, no entanto, não apenas o meio ambiente contribui para uma sociedade sustentável. O agronegócio está densamente ligado a essa ideia e, vale lembrar, que não é só o produtor se encaixa nesse sistema, mas todos aqueles que estejam envolvidos: produtores, processadores de alimentos, distribuidores, varejistas, consumidores e gerentes de resíduos. Ou seja, todos têm seu papel a fim de garantir um sistema agrícola sustentável.

 

Assim, o agronegócio consegue contribuir de forma significativa para a sustentabilidade. Com a adoção das práticas sustentáveis, é capaz de suprir as necessidades desta e das próximas gerações, principalmente, tendo em vista o aumento dos investimentos em estudos e pesquisas no setor, que acabam por desenvolver tecnologias sustentáveis com foco no aumento da produtividade e do lucro, minimizando os impactos socioambientais.

 

A atividade do agronegócio vem se mantendo em constante crescimento, mesmo considerando os impactos econômicos causados pela pausa da maioria dos setores em virtude da Covid-19, o agronegócio manteve um cenário favorável para expansão da produção, tendo em vista um aumento crescente na demanda mundial de alimentos.

 

Dada a relevância econômica do agronegócio brasileiro, para o país e para o mundo, é de suma importância que o setor se mantenha com boa imagem e relações amistosas perante as exigências globais, de maneira a incentivar práticas sustentáveis, ou no mínimo, fazer valer as legislações ambientais, de modo que os infratores sejam devidamente punidos, permitindo e incentivando o crescimento da produção agropecuária com maior ganho em produtividade do que expansões nas fronteiras agrícolas.

 

Lembrando que, apesar de pouca divulgação sobre esse tema, o Brasil é o país que tem a legislação ambiental mais rigorosa do mundo e o que mais preserva, proporcionalmente. Logo, é uma questão de identificar os infratores e não generalizar, como constantemente faz a mídia.

 

Nesse contexto, a agricultura tem sido um exemplo quando se fala em sustentabilidade, utilizando-se de diversas metodologias, como a “tecnologia verde” e a “agricultura 4.0”, que visam diminuir os impactos ambientais, gerar menos desperdício, melhorar a eficiência e reduzir custos, outras metodologias utilizadas são a agricultura de conservação e o plantio direto, enquanto um busca manter ou melhorar a fertilidade do solo, o outro ajuda a preservá-lo. 

 

Existem diversas atitudes que podem ser implementadas na busca pela sustentabilidade no agronegócio: modernização das práticas agropecuárias, redução de adubos químicos, técnicas que evitam a poluição (ar, solo e água), sistemas de captação de água das chuvas, uso racional de inseticidas e herbicidas, fontes de energia limpa, não desmatar além do limite permitido, técnicas de reciclagem, descarte correto de embalagens, rotação de culturas, usar recursos naturais de forma consciente, fortalecer a preservação ambiental, recuperação de áreas degradadas, controle de queimadas e integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF) por exemplo.

 

Importante ressaltar que, o produtor que tiver interesse em adotar a produção sustentável, não terá grandes obstáculos com os procedimentos, devendo apenas fazer um planejamento financeiro, para que não sejam gastos recursos de maneira desnecessária.

 

Escrito por Ana Carolina Valim Santos Kuroda, Graduada em Direito pela Unitoledo de Araçatuba/SP, Pós Graduada em Direito do Trabalho e Previdência – Unitoledo, Pós Graduanda em Direito Digital e Compliance – Damasio EducacionalAtuação do contencioso, preventivo e consultivo, com diversos cursos de extensão concluídos, dentre eles, Direito Contratual, Prova Pericial no Processo Trabalhista, Segurança do Trabalho.

Ana Carolina Valim Santos Kuroda, Graduada em Direito pela Unitoledo de Araçatuba/SP, Pós Graduada em Direito do Trabalho e Previdência – Unitoledo, Pós Graduanda em Direito Digital e Compliance – Damasio EducacionalAtuação do contencioso, preventivo e consultivo, com diversos cursos de extensão concluídos, dentre eles, Direito Contratual, Prova Pericial no Processo Trabalhista, Segurança do Trabalho.