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Lei da liberdade econômica: impactos para os escritórios de advocacia

13/07/2022 - 12:00

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 1º define que o Brasil é um Estado Democrático de Direito e tem como um de seus fundamentos os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

Com base neste fundamento e nas ideias da livre iniciativa, o presidente da república aprovou em setembro de 2019 a Lei da Liberdade econômica.

A lei tem por objetivo facilitar algumas burocracias para empreendedores, restringir a atuação governamental em na economia e respeitar os direitos de propriedade.

 Vamos ver mais sobre ela?

 

O que é Liberdade Econômica?

Liberdade econômica trata-se do Direito de realizar atividades econômicas sem interferência estatal.

Este conceito define que, as pessoas são livres para exercer suas atividades econômicas, ou seja, trabalhar, investir e gerar reservas sem a necessidade de justificar ao governo seus atos e valores em reserva. Este é, como já dito acima, um Direito previsto constitucionalmente.

A lei sancionada, surge, então, para garantir a aplicação da liberdade individual e comercial, reduzindo a burocracia em certas transações.

 

Quais os principais aspectos da Lei de Liberdade Econômica?

“Art. 2º  São princípios que norteiam o disposto nesta Lei:

I – a liberdade como uma garantia no exercício de atividades econômicas;

II – a boa-fé do particular perante o poder público;

III – a intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas; e

IV – o reconhecimento da vulnerabilidade do particular perante o Estado.

 Parágrafo único.  Regulamento disporá sobre os critérios de aferição para afastamento do inciso IV do caput deste artigo, limitados a questões de má-fé, hipersuficiência ou reincidência.”

 

O que mudou com a Lei 13.874/2019?

Como vimos, a Lei de Liberdade Econômica fez alterações significativas nas regulações brasileiras. Vejamos cada uma delas a seguir:

  1. Fim dos alvarás para estabelecimentos de baixo risco
  2. Possibilidade de digitalização de documentos
  3. Mais espaço para a inovação
  4. Horários flexíveis
  5. Registro de ponto e extras
  6. Proibição de abuso regulatório
  7. Desconsideração da personalidade jurídica
  8. Fortalecimento dos contratos

 

Quais os impactos da lei de liberdade econômica no Direito Civil?

Em primeiro lugar, a Lei de Liberdade Econômica agora reduz algumas burocracias antes exigidas, como a necessidade de alvará de funcionamento, etc.

Ocorre que, existem tanto impactos positivos, como o supramencionado, quanto impactos que podem ser negativos para alguns pequenos comerciantes.

Anteriormente, o mercado brasileiro era mais fechado. Com o novo regramento, o país fica mais aberto a investimento estrangeiro, na lógica do livre mercado, fazendo com que, muitas empresas brasileiras percam espaço e até venham a falir ao competir com gigantes internacionais.

Dessa maneira, é importante que as empresas brasileiras estejam preparadas para a concorrência que pode vir.

 

Como a Lei 13.874/2019 impacta a advocacia?

Qualquer mudança legislativa impacta diretamente na advocacia, uma vez que, a legislação é o principal objeto de atuação dos advogados e advogadas.

No caso de mudanças Cíveis, quase que 100% dos advogados e advogadas são impactados e precisam correr para entender e alterar seu modus operandi em relação às mudanças.

Ademais, como qualquer negócio, os escritórios de advocacia e profissionais de departamentos jurídicos devem estar atentos às mudanças em relação à burocracia e a concorrência, já que, são também empreendimentos.

No mais, é estudar a nova lei e ficar a par de tudo sobre ela, a fim de auxiliar melhor seus clientes e direcionar melhor seu negócio.

 

Saiba mais detalhes sobre liberdade econômica aqui