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Ética dos gestores na tomada de decisões

Ana Carolina Valim Santos Kuroda
08/12/2021
Determinadas situações são tão atraentes ao gestor, que o mesmo toma uma decisão menos racional, mais automática e consequentemente menos ética.

 

No momento de tomada de decisões, os gestores se baseiam em diversos fatores, consequências, princípios e objetivos, por exemplo.⠀

 

Por vezes, determinadas situações são tão atraentes ao gestor que o mesmo toma uma decisão menos racional, mais automática e consequentemente menos ética, normalmente uma decisão que se tivesse analisado melhor não teria tomado.⠀

 

Esse fenômeno, é o que chamamos de cegueira ética, a tomada de decisões impulsivas que acabam sendo antiéticas sem que a pessoa tenha consciência disso no momento, vindo identificar a situação melhor, apenas posteriormente.⠀

 

Em resumo, as pessoas se desviam de seus próprios valores e princípios, temporariamente e de forma inconsciente.⠀

 

A fim de evitar essas situações, é muito importante que toda e qualquer decisão seja muito bem avaliada e analisada, e se possível, discutida com mais de uma pessoa, para que haja uma visão ampla e real da decisão adequada a ser tomada.⠀

 

Um dos objetivos principais das empresas é a obtenção de lucro, o que por si só nunca será um objetivo ruim, o grande problema é como alcançar esse lucro.⠀

 

Uma empresa que "topa tudo por dinheiro", com certeza terá problemas judiciais, e muitas vezes repetitivos, e isso, com facilidade, pode derrubar toda a estrutura empresarial.⠀

 

Agora, uma empresa sólida, reconhecida, forte e valorizada por clientes, funcionários, parceiros e investidores, atua com ÉTICA, essa é a palavra chave.⠀

 

Uma empresa não pode visualizar apenas números, é preciso lembrar o que tem por trás de cada um deles.

 

Um número importante para focar é o valor da empresa, se o empreendedor não quiser perde-la não  pode permitir que as decisões sejam tomadas baseando-se apenas no lucro, e preciso cuidado, é preciso ética, é preciso aplicar o compliance.⠀

 

De nada adianta a empresa criar Código de Conduta e Regimento Interno se não cumprir o que está escrito ali, não adianta apenas saber qual legislação se aplica em cada caso, é preciso colocá-la em prática.

 

Não importa se sua empresa fala constantemente sobre seus valores, sua visão e missão, se seus colaboradores e, principalmente, seus clientes, informam que a realidade é outra.

 

É preciso coerência entre o que se fala e o que se faz, isso causa impacto na imagem da empresa!

 

Ignorar fraudes ou desvios de conduta, até mesmo de terceiros, apenas para conseguir "fechar" determinado acordo ou parceria, pode acabar levando a grandes problemas, pois sempre existe a chance do problema respingar nos parceiros, ainda que indiretamente, podendo significar o completo desgaste da imagem empresarial e até o encerramento das atividades.

 

Se faz extremamente necessário que a empresa avalie cada tomada de decisão com ética, com o pensamento preventivo, sobre qual consequências aquela decisão pode trazer para o negócio.

 

Mesmo nas situações consideradas mais simples, é preciso análise detalhada, é melhor perder um negócio arriscado do que a empresa por completo.

 

Ana Carolina Valim Santos Kuroda, Graduada em Direito pela Unitoledo de Araçatuba/SP, Pós Graduada em Direito do Trabalho e Previdência – Unitoledo, Pós Graduanda em Direito Digital e Compliance – Damasio EducacionalAtuação do contencioso, preventivo e consultivo, com diversos cursos de extensão concluídos, dentre eles, Direito Contratual, Prova Pericial no Processo Trabalhista, Segurança do Trabalho.